A Prefeitura de Hortolândia terá mais 15 dias para responder ao Ministério Público sobre as providências que irá tomar em relação as irregularidades em um processo seletivo interno da Guarda Municipal. Anteontem, venceu o primeiro prazo concedido pelo MP, sem qualquer definição da Prefeitura. A Promotoria sugeriu à Administração hortolandense a anulação do processo seletivo e do curso de formação realizados em outubro de 2011 para preencher 20 vagas dos cargos de inspetor e subinspetor e outras nos níveis de primeira à terceira classe.

O órgão apontou que houve irregularidades na correção da prova e descumprimento do edital do curso de formação. O MP também recomendou ao prefeito Angelo Augusto Perugini (PT) que refaça o curso de capacitação e aplique outra prova aos servidores. A representação feita por guardas municipais que não passaram no processo indicou que a composição da banca examinadora não atendeu aos requisitos fixados pelo edital. As correções também teriam sido feitas de maneira irregular e em desconformidade com o edital.

O promotor de Justiça Marcelo Di Giácomo Araújo apontou que alguns membros indicados pela municipalidade para ministrar o curso de capacitação e compor a banca examinadora não atendiam aos requisitos estabelecidos previamente. No documento enviado à Prefeitura, o promotor cita quatro componentes do curso e da banca que não possuem qualificação correspondente às funções exercidas durante o processo. Como exemplo, a Promotoria mostra que uma mulher responsável por dar aulas de gestão de pessoas não possui graduação em psicologia ou direito exigida pelo edital.

O processo seletivo incluiu um curso de 136 horas e uma prova de 38 questões realizada em outubro de 2011. Ao todo, participaram 72 GMs. Em janeiro deste ano, os 20 inspetores e subinspetores que passaram no processo assumiram os cargos. Eles têm a função de gestores na área de segurança e planejamento estratégico. Questionada, a Prefeitura não se manifestou.

Fonte: Jornal O Liberal